quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Exilado

Em silêncio ouço a voz do vento,
Que me fala baixinho,
Palavras de carinho,
E sinto a vida renascer!
No meio ao jardim,
Até as roas e os jasmins,
Parecem que estão a sorrir!
E um coro de passarinhos,
Como um vento a estrugir,
Ressoa no infinito seu lírico canto,
Ah! Se eu pudesse,
Ser como os passarinhos
Em vôos rasantes a natureza contemplar,
Como as borboletas, sobre as flores pousar,
Ser como as pedras e nas cachoeiras me banhar!
Sou mais um exilado,
Tão distante de minha terra!
Pelo destino caí nesta sorte,
Mas lutando pela vida não temerei a morte,
Mesmo não sabendo onde meu barco ancorar,
Acredito que cedo ou tarde,
Ainda que minha alma se enfade,
Caminhando! Sempre caminhando!
De regresso estarei a caminho do meu lar!